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Nesta quinta-feira (10), a Hapag-Lloyd divulgou seus resultados financeiros para o ano de 2021. O grupo alemão seguiu a tendência de seus principais concorrentes e alcançou uma cifra impressionante: US$ 10,75 bilhões de dólares de lucro líquido.
É um salto de dez vezes em relação ao lucro apresentado em 2020: no ano do início da pandemia, o armador lucrou “apenas” US$ 1,07 bilhão.
O EBITDA (“Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”) mais do que quadruplicou, passando de US$ 3,08 bilhões em 2020 para US$ 12,84 bilhões. E as receitas totais quase dobraram, passando de US$ 14,57 bilhões para US$ 26,35 bilhões no mesmo intervalo.

O motivo principal para esses resultados positivos, conforme a própria empresa informou em seu comunicado oficial, seriam “…os valores de frete significativamente elevados em razão da grande demanda de bens exportados da Ásia.”
Ou seja, é que costumamos repetir nos posts da série “Crise pra quem???“: enquanto os armadores ainda se batiam com as restrições operacionais causadas pela pandemia, a demanda por itens importados da Ásia aumentou e muito. Casos como o bloqueio no Canal de Suez e as filas gigantescas nos portos americanos apenas contribuíram para um caos logístico que propiciou a cobrança de fretes caríssimos e o extremo aquecimento do mercado. Provavelmente você já saiba de todo o drama.
“Foi um ano excepcional, no qual investimos massivamente em navios modernos e novos containers. Também fortalecemos significativamente nossa posição posição financeira e de nossos ativos”, disse Rolf Habben Jansen, CEO da Hapag-Lloyd.
“No entanto, os custos de transporte também aumentaram significativamente, principalmente por causa dos gargalos nas cadeias de suprimentos”, complementou. Esses gastos subiram 17,1% em relação ao ano anterior e chegaram a US$ 12,2 bilhões.
Mesmo assim, a Hapag informou que, “…em 2021, a dívida líquida foi paga por completo.”

Para 2022, a companhia ainda projeta lucros expressivos nos primeiros seis meses, e uma possível normalização do cenário logístico a partir do segundo semestre – mas isso, claro, dependendo dos desdobramentos da pandemia e da invasão russa na Ucrânia.
A Hapag foi o primeiro dos grandes armadores a anunciar a suspensão de novos bookings para a Rússia, ainda no primeiro dia de invasão.
E, na última quarta-feira (9), ela seguiu os movimentos da Maersk e da CMA CGM e suspendeu o aceite de novos bookings também para Belarus. O país (também chamado na mídia de Bielorrússia) é aliado de Putin na invasão ao território ucraniano e, por conta disso, também passou a ser alvo das sanções da comunidade internacional.
O comunicado oficial dos lucros da Hapag-Lloyd pode ser lido por completo aqui.
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