
Sabe aquele frete caríssimo que você pagou para a Maersk ao longo do ano passado? Então… a Maersk e seus acionistas agradecem!
Na última quarta-feira (9), a gigante dinamarquesa divulgou oficialmente os resultados finais de 2021. O lucro (EBITDA) foi de nada menos do que 24 bilhões de dólares – quase o triplo do que os US$ 8,2 bilhões registrados em 2020.
O resultado é puxado pelo segmento “Ocean”, que ficou altamente aquecido pelo aumento da demanda global durante a pandemia e pelas disrupções das cadeias logísticas que têm ocorrido desde então. Só nesse setor, o EBITDA da Maersk passou de US$ 6,5 bilhões em 2020 para US$ 21,4 bilhões em 2021.
EBITDA: da sigla em inglês “earnings before interest, taxes, depreciation and amortization”, ou “lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização”. Fonte.
Esse lucro proporcionou à Maersk o melhor resultado de toda a sua história. E não só isso: foi o maior lucro já registrado por qualquer empresa da Dinamarca, segundo o site Maritime Executive.
Confira alguns dos números apresentados:

No mesmo comunicado, a Maersk divulgou que o EBITDA do quarto trimestre de 2021 foi de US$ 7,9 bilhões – ou seja, ainda maior que os US$ 6,9 bilhões que a companhia tinha registrado no Q3, o que já havia sido um recorde histórico.
E aqui eu acho interessante reproduzir esse gráfico elaborado pelo site Quartz, que mostra a evolução nos lucros da Maersk desde o primeiro trimestre de 2019 – um ano distante em que não havia pandemia e o cenário logístico era BEM diferente.

“Condições excepcionais de mercado levaram o crescimento e a lucratividade da A.P. Moller-Maersk a níveis recorde, mas também levaram a disrupções na cadeia de suprimentos e a grandes desafios para nossos clientes”, disse Søren Skou, CEO da empresa.
A Maersk prevê que a crise logística atual persista pelo menos até o segundo trimestre, com uma possível normalização do cenário começando já no início do segundo semestre.
Clique aqui para ler comunicado completo com os resultados de fim de ano (em inglês).
Então, com números como esses, aparentemente, a gigante dinamarquesa parece não estar muito triste por ter deixado de ser o maior armador do mundo – posto que ocupou durante muitos anos.
De fato, a Maersk tem se mostrado cada vez mais agressiva, não no setor marítimo, mas sim na sua estratégia estridente de se tornar um operador logístico integrado, oferecendo soluções em todos os modais. E agora, talvez, até com o consumidor final em mente.
No mesmo dia em que divulgou seus lucros exorbitantes, a empresa anunciou também a aquisição da Pilot Freight Services, uma companhia americana especializada em transporte terrestre, com operações diversas e grande expertise no B2C.
Fontes: Maersk, Maritime Executive, Quartz, Container News
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