Armador sueco avalia converter navios tanque em porta-containers

Navio P-MAX da Concordia Maritime – Foto: Divulgação


O mercado de transporte de containers está tão aquecido que, nesta terça-feira (8), um armador sueco especializado em navios-tanque anunciou oficialmente que está avaliando a possibilidade de converter suas embarcações em porta-containers.

Em um comunicado oficial, a Concordia Maritime, da Suécia, informou ter lançado um estudo para analisar a viabilidade técnica para que os navios-tanque de sua frota possam começar a transportar containers de forma adequada.

Durante a crise atual, diversas companhias transportaram containers em porões de navios de carga geral (e a Bureau Veritas até chegou a lançar um guia sobre o assunto).

Mas, nesses casos, tratava-se de um “improviso” emergencial; agora, a Concordia Maritime está falando em pegar um navio que foi construído para um propósito e efetivamente convertê-lo para outro.

“Nos últimos anos, o segmento de containers mostrou um grande desenvolvimento, parte por causa das disrupções que têm ocorrido na logística internacional, mas também por fatores mais estruturais”, disse a empresa no comunicado.

O estudo será desenvolvido em parceria com mais duas empresas e leva em conta as embarcações do tipo P-MAX – um tipo de navio-tanque cuja capacidade ficaria em um meio-termo entre as dos padrões WR e Panamax, segundo o site Seatrade Maritime News.

As primeiras análises dão conta de que, considerando o espaço dos motores, os navios P-MAX teriam capacidade para cerca de 2.100 TEUs após a conversão. A Concordia Maritime espera concluir o estudo no final do segundo trimestre; caso o resultado seja positivo, ela iniciará os contatos com estaleiros e agências marítimas para verificar interessados em explorar o potencial da operação.

Estima-se que a conversão de cada navio demore entre três a cinco meses. A companhia sueca atualmente possui nove embarcações do tipo P-MAX.

E qual o motivo para um esforço desse tamanho? Enquanto os porta-containers navegam em dinheiro, os navios-tanque estão em maus lençóis, com a demanda tendo sido afetada negativamente durante a pandemia. Em janeiro, a própria Concordia Maritime vendeu um de seus P-MAX com o objetivo de amortizar parte de suas dúvidas, de acordo com o site Offshore Energy.


Fontes: Concordia Maritime, Seatrade Maritime News, Offshore Energy, Splash247


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